à perversão de minha poesia

Foges de mim?
Eu tinha um verso a recitar-te,
Mas esqueci.
O tempo apagou-me a memória.
E tua face apagou-me o resto.

A expectativa de ver-te corroía-me os ossos.
A cada passo, vi teus passos.
A cada rosto, vi eu rosto.
A cada olhar, teus olhos.
Brilhantes olhos.
A desabrochar nos meus.

Eu vi teus seios.
Firmes, doces.
Os quais minha boca devora,
Em meus mais loucos e pervertidos sonhos.
Qual proibido fruto proibido da árvore do paraíso.

Não me deixes mais.
Que a febre da sua ausência provoca-me febre.
Que tenho orgasmos por fechar os olhos
E ver tua boca.
Tua boca entreaberta pronta a desposar-me.

Sou homem, sou mulher.
Sou as pernas abertas que te querem.
Sou o pênis que te deseja.
Em todos os seus líquidos, me banho.
Te rasgo, te tomo, te devoro.

5 comentários:

Nicolas disse...

Perfeito. Genial. Sério, eu adorei rs E até me identifiquei com o título.

Maria disse...

Eu não sei, eu gosto de sexo, mas eu não gosto de sexo. É uma delícia, mas também é nojento. É uma coisa na qual eu prefiro não pensar, risos.

Anônimo disse...

Muito forte a poesia.
Gostei!
José Eron

Nicolas disse...

O layout diferente me fez reabrir o blog duas vezes igual um idiota achando que tinha entrado na página errada rs, é que você quase nunca muda o design (tipo eu, é.
Mas ficou bem legal rs

obs: eu não sei se esse era o seu objetivo, mas o seu comentário lá no blog ficou muito, muito sexy

Nicolas disse...

É claro que eu te dei carta branca. Pode falar o que quiser, gata. Eu adoro seus comentários. Ah, eu acho que as coisas com a Alessandra estão um pouco melhores, pelo menos foi o que ela me disse por telefone.
Se assistir O Corvo antes de mim, me conta como é rs

obs: Também não entendi a contradição entre ser ateu e gostar de cemitérios
obs2: Não vou abandonar os posts necrófilos. Eu não conseguiria rs