Eu não sei que título colocar, então apenas leia. Se quiser. Se não quiser, tudo bem.

Chovia na primavera de Salvador.
Eu subia a Ladeira da Praça, em direção ao Centro Histórico, usando um guarda-chuva que me molhava mais do que me protegia. Abraçava minha bolsa de tecido, com estampa de pimentas, acarajés e baianas, comprada também no Centro Histórico. Cruzei com uma senhora que descia a ladeira. Ela devia ter o dobro da minha idade, o dobro do meu peso e seu cabelo era cerca de duas vezes maior que o meu. Ela também vinha com um guarda-chuva que mal a cobria e também abraçava sua bolsa de tecido. Não sei se ela reparou em mim. Mas eu ri da nossa semelhança.
Era só isso. Pode ir à outro sitio agora.
Alias, devo acrescentar que agora está fazendo sol.
Pronto. Agora pode ir.