Maria me chamava de Maria Elena.
O João não a conhece, mas também me chama de Maria Elena.
Maria Elena 'não sou eu. Mas sou. Mas não sou.'
(fazendo minhas as palavras de Daniel)
Maria Elena é uma personagem.
Não Maria Elena de Woody Allen, minha paixão incessante.
Não Maria Elena, o espírito que me atormenta e me guia.
Não a Maria Elena da música de Altemar Dutra.
Maria Elena sou eu.
É tudo em mim.
É a artista louca.
A ninfomaníaca ingênua.
Maria Elena sou eu.
É minha vida.
É meu trabalho.
É minha proposital falta de lucidez.
Maria Elena sou eu.
E ponto final.