Há pessoas que nos falam e nem as escutamos, há pessoas que nos ferem e nem cicatrizes deixam mas há pessoas que simplesmente aparecem em nossas vidas e nos marcam para sempre.
– Cecília Meireles



pela segunda, 30 de maio de 2011.
De quando as coisas eram

E eu não sabia se eram,
ou como eram,
só rezava para que fossem,
para que fossem mesmo.
e que não fosse coisa da minha cabeça.

E não tinha lá muita certeza que fosse o que eu lembrava que tinha sido
eu lembrava que tinha sido
ou não tinha sido
ou foi mesmo coisa da minha cabeça

ah, essa cabeça!
ou a outra cabeça,
mas a outra eu não sabia onde estava
ou se estava mesmo
então, essa, essa mesmo, aqui, logo aqui

ah, aqui!
eu lá não podia,
eu lá não devia,
mas lá eu fui.
e gostei,
e iria de novo, não fosse o que foi.

mas sim, as coisas.
serão de novo
serão, eu sei
por que não foi coisa da minha cabeça.


de resto, seguindo.